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O arriar das malas em Brasília

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18.08.2025

Na última sexta-feira, 15 de agosto, completei 38 anos de Brasília. São quase quatro décadas de uma certa devoção, devo dizer. Cheguei na época que considero a mais linda desta cidade, em plena seca. Meu olhar sempre foi inclinado à beleza da contradição. Aqui, tornou-se exponencial. Uma terra sertão, seca; um céu que é mar, imenso; um verde que brota em flor em meio à poeira vermelha; um nascer e um pôr do sol que roubam o ar.

Jamais vou esquecer o dia que cheguei, porque senti que Brasília era meu novo lugar no mundo. E assim foi. Assim é. Nunca pensei em sair, mesmo amando meu Pernambuco, meu Nordeste, de onde vim e que guardo no coração. Desde sempre, Brasília me acolheu. Sobre a aridez que tanto falam, não senti. Se houve solidão nos primeiros tempos, ela foi preenchida por convites dos colegas de redação (Malu Sigmaringa, Cláudio Ferreira, Ana Paula Macedo, Valéria Velasco, Massimo Manzolillo, Wellington Fonseca e Yeda), que abriam........

© Correio Braziliense