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Papa Francisco – “Quando há o ‘nós’ começa uma revolução”

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Certamente todos nos lembramos da primeira vez em que Francisco apareceu à varanda da Basílica de S. Pedro, quando foi escolhido para Papa. Em lugar de começar a abençoar a multidão, disse, com toda a simplicidade: “Boa noite.” E depois, inclinou-se para que a multidão o abençoasse. Bastou esse sinal. Pode parecer insignificante, mas, para quem conhece a mise en scène destes momentos, não o foi de todo.

O nome escolhido também foi logo indício de que tinha chegado ao Vaticano um Papa sem pretensão de poder, de controlo, mas com vontade de, por gestos e palavras, introduzir no coração da Igreja algo que não resultava apenas da sua personalidade, como alguns dos seus detratores soft afirmavam, para diminuir o peso dos seus atos e das suas palavras.

Não foi um Papa “populista”, “folclórico”, “jipe todo-o-terreno”, como disseram alguns saudosos de Bento XVI, que consideravam ser um Mercedes, com todo o veneno “de veludo” que a comparação ocultava. Também não foi um Papa ignorante (como se um jesuíta pudesse ser ignorante!) pelo........

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