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Enfrentar o woke washing: não pedir desculpa

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03.09.2025

Basta um anúncio de jeans para incendiar a internet. A American Eagle (AE) lançou Sydney Sweeney numa campanha com o velho trocadilho de genes e jeans. Bastou para o coro woke acusar a marca de tudo o que é ismo, tudo o que é fobia e de não ter passado na cartilha dos novos bons costumes. Por momentos, parecia que alguém tinha cometido um crime de lesa-diversidade só por mostrar uma mulher bonita de olhos claros e um par de calças bem feito. Que atrevimento, não terem feito um casting com quotas, nem terem arranjado uma tese de doutoramento para justificar um anúncio a… roupa.

A AE fez aquilo que já parecia impossível: não pediu desculpa. Nem uma nota, nem um “lamento se alguém ficou ofendido”. Em vez disso, limitaram-se a repetir o óbvio: isto são jeans, é publicidade, não é uma assembleia geral das Nações Unidas. A polémica fez o que a polémica faz melhor, espalhou-se como fogo, disparou o valor da marca, encheu as redes de memes, discussões e, claro, vendas. O resultado está à vista e é irónico para aqueles que acreditam que polémica afasta consumidores. Em poucos dias, as ações da AE subiram mais de 10%, num salto que não acontecia desde o ano 2000. Mais de 4 mil milhões de impressões online e um ganho estimado de mais de 200 milhões de dólares em valor de mercado. Sim, ainda existem marcas que ainda sabem quem são, e existem consumidores, como........

© Observador