Clínica virtual, doentes offline: saúde digital
Vivemos um momento de transição silenciosa, mas profunda. A digitalização dos serviços de saúde – das teleconsultas às plataformas de seguimento clínico, das aplicações móveis aos algoritmos de triagem – já não é uma promessa futura: é presente ativo e crescente. A pandemia acelerou esta transformação, demonstrando que é possível inovar a prestação de cuidados. Consultas à distância, prescrições eletrónicas, monitorização remota de parâmetros vitais. Tudo isto parece apontar para um sistema de saúde mais ágil, mais personalizado, mais eficiente.
Mas por cada paciente que, com um clique, acede ao seu médico, há outro que fica para trás. Porque não tem internet em casa. Porque não sabe usar o smartphone. Porque vive num lugar onde o sinal mal chega. A saúde digital, que devia ser uma ponte, arrisca tornar-se um muro invisível entre quem sabe e pode, e quem simplesmente não consegue.
Em Portugal, os números são elucidativos. Cerca de 10% da população não tem acesso regular à internet. Entre os maiores de 65 anos, essa percentagem sobe para valores superiores a 40%. Para muitos idosos, navegar numa aplicação médica não é........





















Toi Staff
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