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EuroPride 2025 Lisboa: algumas perguntas a Moedas 

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04.06.2025

Entre os dias 14 e 22 de Junho terá lugar em Lisboa aquele que é considerado, pelos próprios, o maior evento LGBTI na Europa – o EuroPride 2025 Lisboa.

O EuroPride é um evento internacional LGBTI pan-europeu que foi criado e licenciado pela “EPOA – European Pride Organisers Association”, uma rede de organizações europeias de orgulho lésbico, gay, bissexual, transgénero e intersexo, e que é organizado por uma cidade europeia diferente todos os anos desde 1992.

Confesso que até ter lido, na semana passada, esta notícia – Câmara de Lisboa aprova apoio de 175 mil euros para realização do EuroPride –, nunca tinha ouvido falar deste evento europeu e, em consequência, não sabia que o mesmo iria ter lugar este ano em Lisboa.

Segundo consta da referida notícia, o executivo camarário, em reunião realizada no passado dia 21 de Maio, aprovou a concessão de um apoio de 175 mil euros à associação Variações e a celebração de um acordo de colaboração da CML para a realização do EuroPride 2025 em Lisboa.

A respectiva proposta, subscrita pelo Presidente da Câmara, Carlos Moedas (PSD), que tem o pelouro da Cultura, e pelo vereador da Economia e Inovação, Diogo Moura (CDS-PP), foi aprovada com os votos a favor dos vereadores do PSD/CDS-PP, a abstenção do PS e do PCP e o voto contra dos restantes vereadores.

De acordo com a notícia, os vereadores da oposição manifestaram preocupação com as “polémicas públicas” em torno da organização do EuroPride 2025, que levou várias entidades que estiveram envolvidas na candidatura inicial a abandonar a organização do evento «“invocando divergências e dúvidas quanto à idoneidade da entidade atualmente responsável”, a associação Variações, e por a proposta não ter sido instruída com todos os elementos, nomeadamente “um apuramento rigoroso dos apoios não financeiros (que previsivelmente ascenderão a mais de 300 mil euros)”».

O vereador do Livre terá manifestado preocupação com as «“irregularidades apontadas à Variações”, que motivaram uma auditoria por parte do Turismo de Portugal, e o abandono da organização do evento por várias associações»; enquanto que o «BE disse que “foi forçado” a votar contra este apoio à Variações, associação que era, até recentemente, presidida por Diogo Vieira da Silva, “que está a ser investigado por desvio de dinheiro, abuso de confiança e burla da própria Variações”».

Ou seja, de acordo com a citada notícia, a CML aprovou a concessão de um apoio financeiro no valor de 175 mil euros e de apoios não financeiros que poderão ascender a mais de 300 mil euros para a organização do EuroPride 2025 em Lisboa, a levar a cabo por uma associação auditada pelo Turismo de Portugal e sobre a qual pesam acusações de irregularidades relacionadas com o seu ex-presidente que estará a ser investigado.

Sem prejuízo do que adiante direi sobre a realização deste evento........

© Observador