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Será o Montenegrismo o novo Fontismo? 

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06.06.2025

Findo o processo eleitoral, e através do pronunciamento soberano dos portugueses, o mesmo cessou de forma inabalável com a re-legitimação de Luís Montenegro. Era óbvio que assim se sucederia. Aliás, sempre o foi. Isto porque em 50 anos do presente regime, sempre que um governo foi derrubado sem um avultado motivo, saiu reforçado. Foi assim com Cavaco Silva, António Costa e agora Luís Montenegro.

Só a bolha mediática, que preferiu passar horas a fio a caracterizar o caso Spinumviva como algo para rasgar as vestes, é que se deve ter espantado.

Boa lição esta, que os portugueses deram de que não é caso alguém ter uma empresa, já que não foi cometida qualquer ilegalidade, e todo o mediatismo se processava à volta do “e se?” ou do “suponhamos”. “E se…” que também poderíamos aplicar a qualquer cidadão português sobre qualquer crime. Não só não é correto, como é anedótico. Especialmente num país que ao invés de políticos de carreira, seria melhor servido se mais políticos da sociedade civil surgissem. Ditosamente, o bom senso do povo português deu bons presságios para tal…

Todavia, virada a página eleitoral, urge olhar para o futuro. E que futuro é esse? Poderemos estar perante um Montenegrismo, isto é, um novo Fontismo? Tudo dependerá do próprio, se bem que os astros alinham-se de maneira idêntica àqueles que se alinharam na segunda metade do século XIX.

António Maria de Fontes Pereira de Melo, primeiro-ministro na maioria dos reinados de D. Pedro V e D. Luís I fora o responsável pelo avanço fugaz do país no encurtar de distância face às grandes........

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