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O papel do próximo Presidente da República

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27.09.2025

A propósito daquilo a que temos vindo a assistir dentro do quadro parlamentar no concerne ao combate político e à linguagem utilizada pelos diversos actores políticos, especialmente pelo partido da extrema direita, não temos em Portugal nenhuma instituição que o possa travar. Com respaldo na tónica da liberdade de expressão, hoje os líderes dos partidos tendem a pensar que podem dizer tudo.

O combate político mudou. A forma, o conteúdo, os destinatários e a mensagem é demasiado agressiva. As redes fazem o seu trabalho enquanto o algoritmo espalha tudo o que o político quiser e da forma como quiser.
Exemplos de exageros, de provocações e mentiras espalhadas por aí não faltam. Ninguém controla, ninguém pede moderação, ninguém tem mão disto como o povo diz.

Se continuarem por esta via não haverá forma de voltar atrás, e a nossa sociedade terá por tendência responder negativamente a esta forma já secular mas inovadora por parte de novos actores políticos que contaminam uma parte importante da democracia e da comunicação política. É certo que ela dará bons resultados a alguns políticos ou só aquele que sabe manusear melhor as massas, mas há questões às quais creio não termos feito ainda a reflexão necessária:

1 – que sociedade estamos a construir com esta triste forma de combate político?

2- que tipo de diálogo social se está a desenvolver?

3- como a qualidade política de hoje pode prejudicar o nosso futuro?

Mais perguntas haverá. Sabemos porque razão estamos neste lamaçal institucional. E para os mais........

© Observador