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“Eduquem-nos vocês”: o outsourcing educativo

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22.04.2025

Neste novo mundo, onde os comportamentos dos mais jovens abrem jornais e fazem manchetes, na maioria das vezes terrivelmente assustadores, começo por vos dizer que ainda não sou pai e muitas das notícias que nos chegam confesso que me metem medo.

No entanto, a condição de ainda não ser pai não tolda o meu pensamento sobre o tema da educação. E a premissa é esta: não quero ter um filho ou uma filha, quero só ser um pai sem medo de falhar como os meus pais por certo falharam.
Ser pai é diferente de ter um filho.

Feita esta pequena nota mais pessoal, falo-vos daquilo que vou sentido e vendo na educação dos mais jovens. Venho talvez de um outro tempo, embora esse tempo já seja tenha vivido em democracia e num tempo em que a educação dos filhos era coisa de casa. Era passada à mesa, nos silêncios carregados, nos olhares longos, na exigência firme. Um tempo em que os pais eram o primeiro e último reduto da formação moral de uma criança. A escola ensinava. O resto era responsabilidade dos adultos que davam colo, davam exemplo e davam limites — em doses iguais.

Hoje, parece-me que muitos pais terceirizam essa tarefa – como quem contrata um catering para um jantar de Natal. Mas em vez de rabanadas, esperam que a escola........

© Observador