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João e Maria

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Amin Mohmed. Alfusseine Jaló. Juarez. Delano Chiatonne. Waleska Daniell. Cibelli. Kellyane. Andrew Jeffrey. Anaisa. Angelina Holovko. Luc Ngambo. Anny Christine. Umid Shihimardonovitch. Os nomes aqui listados não são de crianças de uma escola em Lisboa, nem uma enumeração aleatória gerada pelo ChatGPT, mas exemplos de candidatos do Chega à Assembleia da República e às autarquicas. Pelos nomes não é possível aferir a religião, a etnia, nem tão pouco a nacionalidade, mas, pelos critérios de Ventura, aparentemente são nomes pouco portugueses. Sejam com ésse ou, menos ainda, com zê. Portanto, podem não ser portugueses, mas são certamente de bem.

Avancemos, esquecendo a falácia da origem dos nomes e dispensando limpezas de lista de base etimológica. O Chega tem direito a convidar quem quiser como candidato. Ventura é contra a imigração desregulada e, até, a regulada. É por isso normal (e legítimo) que alerte — dentro da latitude da sua ação política — para aquilo que considera serem os problemas daí decorrentes e que possam vir a provocar no futuro. Se considera que podem existir choques culturais que prejudiquem as populações ou que o país pode não ter vagas para todas as crianças com base num impulso de natalidade provocado pela imigração tem toda legitimidade democrática para o defender.

Para provar esse ponto, o presidente do Chega podia optar por utilizar números. Por exemplo, dizer que

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