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Gouveia e Melo: um submarinista Rio abaixo

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23.07.2025

As presidenciais pareciam ser um passeio no parque para Gouveia e Melo. Já há dois anos, em julho de 2022, as sondagens davam-no como favorito. Parecia ter tudo ao seu favor: o homem da farda que traz autoridade em tempos de confusão e convulsão social; um militar num mundo em guerra; a ética num país que muitos dizem ser de corruptos; e ainda um não-político num país aparentemente farto de políticos. Desde as primeiras referências a uma candidatura a Belém — sobre a qual chegou a dizer preferir a forca — até ao verão de 2025, só houve crescimento e boas sondagens.

Isso mudou. As últimas sondagens mostram um almirante em queda livre, mesmo que ainda a liderar. Em junho, numa sondagem que começou a ser feita quatro dias depois de anunciar Rui Rio como mandatário nacional, Henrique Gouveia e Melo desceu de 35,6% para 27,3%, uma queda de oito pontos face a março. Um mês depois, numa nova sondagem da Intercampus para títulos da Cofina, desceu para apenas 20,6 das intenções de voto. Como um mal nunca vem só tudo isto foi acompanhado por um crescimento dos seus mais diretos adversários: Marques Mendes, apesar de descer no último estudo, está em empate técnico com o almirante, tal como António José Seguro (que sobe 5,5 pontos).

Há eventuais atenuantes deste resultado: André Ventura aparece como candidato e, já se sabe, o almirante

© Observador