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As eleições que todos podem perder

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01.10.2025

Projetando cenários mais-do-que-prováveis é fácil perceber que os principais partidos têm, na estrita frieza dos números, mais a perder do que a ganhar nas próximas eleições autárquicas. As mudanças de ciclo, o resultado das legislativas e as previsões de algumas sondagens sugerem que são maiores os riscos do que as garantias de sucesso de PSD, PS, CDU e até do fulgurante Chega.

O PSD está obrigado a segurar Lisboa e Braga e a reconquistar Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra para ter uma vitória sem espinhas. O partido reduziu a diferença para o PS para 35 autarquias (eram 63 até 2021) e não é, por isso, impossível recuperar a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) graças a um trabalho de formiga que incluiu fazer as pazes com independentes — tenham eles integrado as listas do PSD (como é o caso, por exemplo, de Anadia) ou apoiando esses movimentos (como é o caso de Isaltino Morais, em Oeiras).

Mesmo com esse brilharete da eventual liderança da ANMP, o partido do Governo poderá borrar a pintura se Carlos Moedas não vencer Lisboa (o que é improvável, mas não impossível) e ter uma vitória igualmente agridoce se não ganhar o Porto e ainda perder sedes de distrito como Aveiro, Braga, Coimbra ou Faro. E o worst-case scenario, nestes últimos casos, nem sequer é pouco provável. Assim, para Montenegro ter uma vitória de encher o olho precisaria da conjugação de vencer Lisboa e o Porto, manter as sedes de distrito e recuperar a liderança da ANMP. E isso, até ver, parece difícil.

O Partido Socialista também........

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