Intermediação de Crédito e as suas diferenças
Imagine comprometer-se com uma dívida por 30 ou 40 anos da sua vida. Agora imagine fazê-lo sem ter certeza de que recebeu o melhor conselho possível. É precisamente neste ponto que a regulação da intermediação de crédito se torna não apenas uma questão burocrática, mas um pilar fundamental de confiança para o consumidor.
Em Portugal, esta atividade é criteriosamente regulada pelo Banco de Portugal. O intermediário não precisa apenas de uma licença para operar, deve cumprir regras de conduta, é obrigado a informar os seus clientes com clareza e pode ser fiscalizado a qualquer momento, conforme o regime jurídico específico do setor definido pelo Banco de Portugal. Este regime, que alguns acusam de burocrático, tem uma virtude rara: gera Confiança. E a confiança é tudo num setor em que o consumidor se compromete por muitos anos com uma instituição financeira.
Enquanto Portugal opta por uma supervisão rigorosa, outros países europeus têm regulações mais leves. A Diretiva do Crédito Hipotecário comunitária estabelece apenas princípios mínimos, deixando espaço para cada Estado-Membro interpretar e aplicar as suas próprias regras. O resultado é uma........
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