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Gastos com Defesa e Reforma do Estado

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25.06.2025

“Government cannot make man richer, but it can make him poorer”, Ludwig von Mises (1929)

Assegurar o cumprimento do objetivo dos 2% do PIB em despesas militares pelos países membros da NATO não é apenas uma questão técnica ou orçamental; é, acima de tudo, um desafio existencial para a coesão estratégica da Aliança Atlântica. Uma união militar forte depende intrinsecamente da capacidade e disposição dos seus membros em assumir responsabilidades equilibradas. O risco, porém, de desagregação da solidariedade construída ao longo das últimas décadas representa um custo muito superior ao esforço financeiro exigido por este compromisso.

O debate orçamental que está em cima da mesa das negociações não pode ignorar uma dimensão histórica essencial. Durante décadas, os Estados Unidos garantiram uma fatia desproporcional do financiamento da defesa europeia, mas também beneficiaram das cedências estratégicas dos aliados europeus. As bases militares norte-americanas disseminadas um pouco por toda a Europa não são apenas símbolos de proteção, mas instrumentos estratégicos de projeção global do poder americano. Adicionalmente, as encomendas militares europeias direcionadas a fornecedores americanos representaram lucros substanciais para a indústria dos EUA. O papel........

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