Palestina: o gesto certo no momento errado
Portugal estará disposto a juntar-se a mais 14 países da União Europeia numa declaração conjunta que “admite reconhecer o Estado da Palestina” caso não haja avanços reais rumo à paz. O gesto, aparentemente nobre, é precipitado, politicamente ineficaz e historicamente desconectado da realidade no terreno. Quando se fala em reconhecimento de Estados, não basta a vontade. É preciso contexto, condições e responsabilidade.
A política externa não é — ou não deveria ser — o domínio da precipitação emocional. Os governos têm a obrigação de governar com a cabeça, não apenas com o coração. Já que não conseguem cumprir a sua obrigação mais elementar de garantir segurança e estabilidade nas suas fronteiras e nas alianças que integram, espera-se, pelo menos, que não tomem decisões que agravam ainda mais os conflitos que não conseguem resolver.
O que se passa no........
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