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Choques globais, taxas imóveis: o paradoxo da EURIBOR

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12.11.2025

Nos últimos anos, ouvimos muitas vezes que as guerras mudam tudo. Mexem com os mercados, com as taxas de juro e, inevitavelmente, com o custo de vida. Mas se olharmos para a EURIBOR, o principal indicador das taxas de referência em Portugal e na zona euro, essa narrativa nem sempre se confirma.

Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, até ao conflito entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, a trajetória da EURIBOR seguiu um caminho muito próprio. Subiu quando o Banco Central Europeu (BCE) começou a aumentar as taxas para travar a inflação e começou a descer quando ficou claro que esse ciclo estava a chegar ao fim. Em suma: a EURIBOR andou ao ritmo do BCE, não ao ritmo da guerra.

Quando começou a guerra na Ucrânia, o impacto sentiu-se imediatamente no preço do gás e da energia, e isso ajudou a empurrar a inflação para cima. Mesmo assim, a EURIBOR não deu um salto........

© Observador