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Finalmente seriedade e coragem ao centro? Seguro!

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07.06.2025

Os Portugueses anseiam por e merecem um centro sério, moderado e eficiente. Portugal foi vítima de um centrão da corrupção, cedência à extrema-esquerda e incompetência, de que a maior parte dos portugueses estão absolutamente fartos, como indubitavelmente demonstraram nas eleições legislativas de maio de 2025. Agora nas lideranças de Portugal, incluindo no cargo máximo da presidência da república (onde o exemplo simbólico que vem de cima é importantíssimo), esperam por quem represente as três características referidas: seriedade na gestão de dinheiros públicos (sem misturar política com negócios), moderação ideológica (que rejeite e corrija anteriores políticas radicais de esquerda) e eficiência na resolução de problemas (incluindo na promoção do mérito).

Em primeiro lugar os portugueses exigem seriedade nos seus líderes. Querem na presidência um líder honesto, integro e corajoso contra a corrupção, que não tenha medo nenhum de desafiar e denunciar o pântano de interesses inúteis que vivem do estado, consumindo os nossos altos impostos sem melhoria dos serviços públicos. Alguém que ponha finalmente fim aos negócios misturados com política que duram há décadas. Nas eleições perceberam perfeitamente que vestígios dessa triste mistura ainda existem na atual direção do PSD vencedora, mas suspeitaram que era bem pior na anterior direção do PS que derrotaram categoricamente. Honra seja feita a esta direção vencedora do PSD que sempre tratou bem e se orgulhou do seu ex líder honesto e integro, Pedro Passos Coelho. Pelo contrário, muita da direção demissionária derrotada do PS sempre tratou mal e se envergonhou do ex-líder integro e honesto do PS, António José Seguro. A seriedade, obviamente, causa-lhes desconforto e foi em grande parte por isso que perderam as eleições estrondosamente.

Felizmente os militantes socialistas têm muito carinho e respeito por Seguro. Além disso o futuro líder do PS, José Luís Carneiro, nunca teve vergonha e sempre apoiou Seguro com orgulho e coragem. Vários dos anteriores membros da direção nacional do PS, apesar de se acharem importantes (devido a palco numa certa comunicação social que já não funciona no empolamento dos frutos do nepotismo e cunhas) demonstraram serem irrelevantes para os militantes, autarcas socialistas, portugueses em geral e futuro de Portugal. Após a hecatombe eleitoral, essa meia dúzia tenta desesperadamente agarrar-se ao poder propondo candidatos presidenciais a seu gosto, todos conotados com o gasto centrão da corrupção como Vitorino, Santos Silva ou Centeno. Estes não terão mais de 10% numas eleições presidenciais e destruirão definitivamente o PS.

Igualmente, se o PSD em vez de apoiar um centrista comprovadamente honesto e integro (Seguro na ausência de Passos que não quer avançar) apoiar uma figura conotada com os vícios do velho centrão, como Marques Mendes, também terá um resultado pequeno nas presidenciais. Isso a tempo irá contagiar futuros resultados de outras eleições do PSD. Tanto o PSD como o PS têm de estar inequivocamente do lado da seriedade ou desaparecerão por completo por vontade inabalável e irreversível da população contra a corrupção. Deviam ambos fugir a sete pés das suas figuras mais sinistras e desgastadas.

Em segundo lugar os portugueses ideologicamente querem uma liderança de centro verdadeiramente centrista e moderado. Já não querem um falso centrão demasiado puxado à extrema-esquerda e por ela influenciado como aconteceu na altura de Costa sem oposição de Rio. Isto em questões como a imigração descontrolada ou a autoflagelação desnecessária da cultura e história portuguesa por exemplo. Quem mandou em Portugal nestas questões na altura desses dois líderes do PSD e PS foi o BE que apesar de adorado (diretamente ou na sua reencarnação Livre) pela imprensa e sobre representado nela não representa a população. Os Portugueses já começaram (e não vão parar) a deitar abaixo todos aqueles que estão conotados com o pior desse centrão. A desastrosa derrota da anterior direção do PS conotada com os piores e as piores medidas desse centrão influenciado pela extrema-esquerda foi um sinal claro que se o PS não muda de vida no radicalismo de esquerda contrário a Soares e aos fundadores, acaba como praticamente acabou o PS francês. Nesse caso, Pedro Nuno pode ter sido o Benoît Hamon do PS.

Seguro e os seus mais próximos, pelo contrário, ideologicamente sempre se assumiram como de centro-esquerda moderado e a favor da economia de mercado. Isto na honrada tradição dos fundadores do PS de Soares a Tito de Morais passando por Sottomayor Cardia. Socialismo sem dogma focado simultaneamente na justiça social e nas condições para o sucesso da livre iniciativa privada. A vários do núcleo duro de Seguro liderados por Álvaro Beleza costumavam até chamar de socialistas liberais (um termo criado pelo filósofo político Norberto Bobbio). Beleza além de apoiar Seguro propunha a redução de impostos e do estado. Nomeadamente redução do IRC para estimular a iniciativa privada e redução do número de deputados, falsas fundações e redundâncias nos ministérios. Uma verdadeira eficiência do estado lusitana muito antes da americana e muito mais humanista. Seguro teria implementado tais medidas liberais reformistas caso o........

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