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Esforço, dedicação, memória e educação. Democracia

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12.05.2025

A inspiração para este texto fui buscá-la ao opúsculo “Fascismo e populismo (…)” de Scurati, ao qual irei recorrer amiúde.

“A democracia, no fundo, só sabe falar. Vive das palavras e pelas palavras (…)”.
Mussolini.

Todos nós nos queixamos da inacção (Aeroporto, TGV, etc.) e da corrupção (Sócrates, Salgado, Pinho, etc.). Ou seja, momentos há, em que nos cansamos das palavras… da democracia. Mas, será que tenho direito a esse cansaço (mesmo que o processo democrático tenha falhas e que, em determinada altura, tenha mesmo muitas falhas)? Não tenho, mas culpado me declaro, pois, momentos existem em que a vontade é vociferar contra o parlamentarismo, contra o imobilismo. No entanto, rapidamente, recupero a força e volto a defender a democracia. Este esforço de recuperação – constante – nasce do exercício da memória, do estudo da história, bem como da consciência de que sou um participante do que está a acontecer e não um mero espectador. A história somos todos nós. Sem excepções. Somos todos responsáveis do que vier a acontecer no nosso tempo.

É, pois, importante, que cada um reflicta sobre as razões que o levam a agir como age, a pensar como pensa. Ou seja, aprender, com a mente aberta e descomprometida, os porquês do que lhe ensinaram os pais, avós, amigos, professores. Com esse exercício aprendemos também sobre o nosso país. E ficamos com uma ideia mais clara relativamente às razões pelas quais as coisas estão como estão e, principalmente, de como entendemos que deveriam estar. Neste processo, sem revisionismos, sem tabus, sem........

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