As redes sociais e a lobotomia digital
O psiquiatra norte americano Walter Freeman protagonizou um dos períodos mais negros da história da psiquiatria. Desde 1946 a 1967 realizou mais de 2500 lobotomias transorbitrais em doentes psiquiátricos com consequências trágicas, pois o método para além de ineficaz provocava lesões no cérebro irreversíveis.
Uma das suas vítimas foi Rosemary Kennedy (1918 – 2005), irmã do antigo presidente JF Kennedy. Em 1941, aos 23 anos, foi submetida a uma lobotomia pré-frontal. Rosemary sofreu danos permanentes após a lobotomia, o que a deixou com dificuldades graves na fala e autonomia, levando-a a viver, após este “tratamento”, em instituições psiquiátricas durante o resto da vida.
Existem algumas evidências que apontam que o uso excessivo das redes sociais, principalmente nos adolescentes, pode estar a causar uma reconfiguração dos circuitos neuronais dopaminérgicos no sistema nervoso central (via mesolímbica), com consequências prejudiciais para a saúde. O neurologista e neurocientista Shaheen E. Lakhan, defendeu a criação do termo “anedonia digital” para caracterizar a capacidade diminuída de sentir prazer em experiências do mundo real........





















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