A União Europeia foi “comida” pelos Estados Unidos? 8 notas
1. Segundo Viktor Orbán, “Trump comeu von der Leyen ao pequeno-almoço” durante as negociações comerciais na Escócia, em 27 de julho. (Se Orbán reproduzisse o linguarejar nativo – o nosso –, diria que a presidente da Comissão foi “comida de cebolada”.) Só uma análise infantil, ou a idolatria, permite chegar a tamanha conclusão.
2. Este processo negocial tem de ser entendido para além da espuma do dia. As atenções têm de se virar para a estratégia da estratégia. Trump navega à vista dos efeitos imediatos. Se estivesse vocacionado para uma política (interna e internacional) que enfatizasse os efeitos de longo prazo, não era errático como é. A União Europeia (UE) é mais cuidadosa na configuração das suas políticas. Lida com diferentes sensibilidades nacionais, o que muitas vezes a obriga a adotar compromissos minimalistas; mas também porque, na articulação entre as instituições envolvidas no processo de decisão, procura orientar a estratégia política para obter ganhos no médio e no longo prazo. Em várias iniciativas políticas, a União tem demonstrado que é preferível sacrificar o curto prazo em favor de efeitos diferidos no tempo. A espuma do dia e a aparência de que a UE saiu perdedora no processo negocial não consideram os efeitos significativos deste acordo comercial.
3. Uma negociação internacional não é o retrato de um braço de ferro viril nem se enquadra na correspondente........





















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