Rasputin e Lagarde entram num bar
Rasputin nasceu na Sibéria, Rússia, no final do século XIX e a sua história deu origem a contos e lendas. Oriundo de uma família de camponeses teve na sua juventude experiências místicas, e que pela meditação, e estudo de práticas e crenças pagãs se tornou um curandeiro, monge e “homem-santo” muito conceituado.
O seu prestígio foi tal que passou a ser presença frequente do palácio do imperador, e a sua influência sobre a família imperial foi-se reforçando, principalmente depois de curar a hemofilia do príncipe herdeiro — doença que era naturalmente um segredo de estado.
A proximidade da família imperial, aliada ao perfil excêntrico de Rasputin, gerou diversos rumores, desde ter lançado feitiços sobre os nobres, ao envolvimento amoroso com a czarina — ou simplesmente à constatação de que os czares eram adeptos de crendices e charlatões, defeito que a população lhes somava a muitos outros.
Na boa tradição russa, a solução encontrada para a decadência real foi a de derramar o sangue do czar, mas antes, Rasputin teve a sua dose de tratamento individual. Em vez de ser enviado para uma prisão na sua Sibéria natal, optaram por uma solução bem mais rápida e económica, que não implicava viagens de maior. Foi decidido o seu assassinato.
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Desse modo, a 29 de dezembro de 1916, familiares do czar convocaram o místico ao Palácio de Moika, onde foi recebido cordialmente com um chá com cianeto – referir que já na altura o cianeto era um veneno, não é como os enchidos ou a lactose, que nos anos recentes se tornaram alimentos com muito má fama.
Tendo sobrevivido ao envenenamento, e por manifesta falta de paciência, os conspiradores dispararam contra Rasputin, esperando que um tiro no peito lhe fosse letal. Mais tarde, ao transportarem o expectável cadáver, este atacou-os. Depois de ser espancado e de novo atingido a tiro, parecia que Rasputin finalmente poderia ter compreendido o destino a que estava guardado. No........
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