Fernando Pessoa e o mapa secreto das estrelas
Poucos sabem que Fernando Pessoa, o poeta que multiplicou a alma em heterónimos, também se deixou fascinar pela astrologia, ciência oculta que atravessa séculos de tradição hermética. A mesma mão que escreveu Mensagem traçou, com igual fervor, mapas astrais minuciosos, desenhando os destinos de amigos, políticos e até de si próprio. No silêncio do seu quarto na Rua Coelho da Rocha conviviam lado a lado o papel pautado da poesia e as efemérides astrológicas que comprava em livrarias inglesas de Lisboa.
Pessoa elaborou o seu próprio horóscopo e reviu-o incessantemente, quase como se fosse uma chave hermética para decifrar a sua obra. Nele surgia um Sol em Gémeos, símbolo da duplicidade e da multiplicação das vozes, uma explicação simbólica para a criação dos heterónimos que tanto intrigaram a crítica. Curiosamente, também anotou a conjunção de Mercúrio, planeta da comunicação, como motor da sua inclinação........





















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