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O Poder e (o elevador d’) a Glória

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14.09.2025

A notícia do descarrilamento do lisboeta elevador da Glória foi dolorosamente surpreendente, sobretudo pelo elevado número de vítimas mortais: paz às suas almas! Esse transporte da Carris percorria a breve distância entre o Largo dos Restauradores e o Jardim de São Pedro de Alcântara e é um dos ex-libris da cidade.

Aos especialistas compete apurar as causas técnicas do acidente, mas a todos os cidadãos interessa saber se houve responsabilidade imputável aos dirigentes da transportadora, aos responsáveis pela manutenção desse equipamento, ou aos autarcas da cidade.

É salutar o princípio da separação de poderes, em que assenta o Estado de Direito democrático e, por isso, é de evitar a promiscuidade entre o poder executivo e judicial, nomeadamente quando a política interfere no funcionamento dos tribunais, ou quando os magistrados se servem da justiça para fazer política. Não sou a favor de sistemas judiciais em que se aplicam penas de morte e de prisão perpétua, mas aprecio os países que praticam a cultura da responsabilidade.

A 15 de Janeiro de 2009, o voo 1549 da US Airways, ao colidir com um bando de gansos do Canadá, perdeu os seus dois motores, pouco depois de ter descolado do aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque. Dada a colisão e a inoperacionalidade de ambos motores, era urgente uma aterragem imediata. Não sendo factível o regresso ao aeroporto de partida, nem a opção por nenhuma outra pista de aviação, o Capitão Chesley ‘Sully’ Sullenberger viu-se obrigado a pousar o Airbus A 320 no rio Hudson, salvando os 155 passageiros a bordo, bem como a respectiva tripulação. “Esta aterragem de emergência e........

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