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Eu sou (este) Charlie!

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28.09.2025

O assassinato de Charlie Kirk, no passado 10 de Setembro, deixou profundamente consternados os Estados Unidos, bem como todos os que defendem a liberdade de expressão. Kirk expunha os princípios cristãos com a inteligente galhardia de um apóstolo que, mais do que vencer, procura convencer, através de argumentos racionais expostos com extraordinária lucidez e caridade.

Chamava a atenção a firmeza das convicções de Charlie, nomeadamente num mundo que privilegia o discurso céptico e relativista, mas não era menos surpreendente a sua capacidade de dialogar com qualquer pessoa, por mais antagónicos que fossem os pontos de vista do seu interlocutor. Fazia-o não ao modo fanático dos fundamentalistas, nem com a violência típica dos defensores do pensamento totalitário, mas de uma forma razoável e amável: por mais agressivo que se mostrasse quem o interpelava, havia da parte de Kirk uma genuína atitude de apreço por essa pessoa, mesmo quando a discordância ideológica era total. Disfrutava com aqueles diálogos, muitos dos quais estão disponíveis na net, e respeitava sinceramente os jovens com quem dialogava: era tão cordial que, mesmo que dele discordassem, ninguém ficava indiferente à sua tão cativante personalidade.

Embora Charlie não fosse católico, era um pensador genuinamente cristão, porque o seu discurso traduzia os princípios do Evangelho. Neste sentido, Kirk estava nas antípodas dos políticos que, como Joe Biden, formalmente se afirmam católicos, mas, depois, desmentem essa condição, promovendo e promulgando leis anticristãs, como as que legalizam o aborto e a eutanásia. Ante o silêncio cúmplice dos políticos ‘católicos’ que transigem com a anticristã ideologia de género, Charlie não teve medo de a enfrentar e desconstruir, não a partir de argumentos de autoridade, mas através da razão, evidenciando a contradição dos........

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