O jornalismo, frequentemente apelidado de quarto poder, enfrenta hoje um desafio subtil, mas perigoso: a diluição da fronteira entre informação e opinião. Muitas entrevistas televisivas, em vez de esclarecerem, inflamam. Onde se espera rigor e imparcialidade, surgem juízos precipitados e declarações enviesadas. Um dos problemas é a crescente presença de comentadores, com posições ideológicas marcadas, em papéis que deveriam caber a jornalistas isentos. Esta prática mina a ética jornalística e a confiança do público. Quando uma entrevista é apresentada como jornalismo, o espectador espera neutralidade. Um comentador pode ter opiniões fortes fora do estúdio, mas, ao conduzir uma entrevista, deve deixar de lado o activismo. Permitir que figuras abertamente parciais liderem estes momentos transforma o espaço informativo num palco de confronto ideológico.

A entrevista........

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