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Francisco: a luz que nunca se apaga

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23.04.2025

Querido Francisco,

Hoje escrevo-te com o coração pesado, como quem se despede de alguém que sempre esteve presente, mesmo sem nunca termos trocado palavras.
Hoje, o mundo amanheceu mais cinzento, mais silencioso, mais pequeno.
Hoje, partiste.

Não sei bem como começar esta carta.
Como se diz adeus a alguém que nos ensinou a dizer olá à vida outra vez?
Como se agradece a quem, com gestos tão simples, reergueu tantos de nós do chão, quando já não sabíamos como levantar?

Francisco, foste muito mais do que um Papa.
Foste o abraço que atravessou oceanos e rompeu muralhas.
Foste a palavra certa no meio da confusão e do medo.
Foste o sorriso terno que tantas vezes nos disse, sem precisar de voz: “Coragem, estou aqui.”

Recordo-me bem da primeira vez que te vi. Não te conhecia —........

© Observador