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Muitas obras, poucas mãos

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14.09.2025

A escassez de mão de obra na construção não é uma novidade. É um problema estrutural que se arrasta há mais de uma década e que condiciona prazos, qualidade e custos de obra. A AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, estima um défice de cerca de 80 mil trabalhadores no setor, um número que tende a agravar-se com a atual dinâmica do mercado privado, a que se somam os grandes projetos públicos, como o novo aeroporto de Lisboa, a ferrovia de alta velocidade, o programa habitacional do Governo, entre outros.

Após a crise de 2011, o setor perdeu uma parte considerável da sua capacidade produtiva. Milhares de empresas desapareceram e muitos profissionais emigraram, mudaram de atividade ou reformaram-se. Falhou a renovação geracional e, num setor onde grande parte do conhecimento se transmite no local e com a prática, a falta de profissionais experientes limitou a........

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