O "Novo Impulso” do PS: uma Marcha Suicida
Há algo de profundamente inquietante e quase orwelliano no programa eleitoral do PS para 2025. Sob a capa de um “novo impulso”, o que li foi um projeto obsessivo, claustrofóbico, quase doentio, de controlo estatal absoluto sobre a vida dos portugueses.
É um documento completo que não esconde intenções, encenando-as apenas sob o verniz habitual de chavões vazios: “justiça social”, “solidariedade”, “transição” ou “resiliência”. Já conheço.
Ao raspar um pouco, o que emerge é a verdadeira natureza deste plano: um socialismo musculado, asfixiante, que rejeita a liberdade individual como um obstáculo ideológico. Mais do que um programa, este documento é um manifesto de colonização da vida privada, um plano de gestão centralizada do quotidiano dos portugueses, desenhado por quem desconfia profundamente da liberdade individual.
A figura de Miguel Costa Matos, o jovem que o PS gosta de apresentar como brilhante e visionário, encarna o pior do pensamento tecnocrático: a crença de que meia dúzia de iluminados, fechados em salas de reuniões e rodeados de PowerPoints, podem desenhar a vida dos outros. Este programa é um catálogo de........
© Observador
