Não ver para crer
Num momento menos guardado, o Apóstolo protestou que a menos que visse certas coisas claramente vistas não acreditaria nelas. Esta observação, da qual não obstante se retractaria logo na semana seguinte, traduz o tipo de confiança nos sentidos que marca os grandes acessos de estupidez histórica. É característico de um certo tipo de pessoa apontar para os seus próprios olhos para convencer terceiros de que deviam estar a ver a mesma coisa. Nesses casos porém apontar piora as coisas, visto que ao apontar para os nossos olhos estamos realmente a apontar para coisas que se passaram na nossa cabeça, e a que mais ninguém tem acesso.
A situação pode não melhorar se em vez de apontarmos para os........
© Observador
