Cocktail anti-Trump
A vitória de Mamdani devolve a Nova Iorque a condição de laboratório político. Mas, para Trump, o novo autarca representa tanto um desafio como uma oportunidade.
Na noite de 4 de novembro, Nova Iorque serviu ao país um cocktail improvável: um socialista de 34 anos, muçulmano, filho de imigrantes indianos nascido no Uganda, foi eleito presidente da Câmara da cidade onde Donald Trump aprendeu a arte do poder. Zohran Mamdani venceu com 50,4% dos votos, tornando-se o primeiro imigrante e o primeiro muçulmano a liderar a metrópole desde a sua fundação em1624. Foi também o primeiro candidato, desde 1969, a ultrapassar a barreira do milhão de votos, numa eleição que mobilizou mais de dois milhões de nova-iorquinos.
O adversário derrotado, Andrew Cuomo, antigo governador e figura central da política estadual, terminou com 41,6%. O republicano Curtis Sliwa não foi além dos 7,1%. Mesmo com uma coligação de ambos dificilmente teria travado a vitória do democrata. O voto foi mais do que partidário: foi identitário e emocional, e talvez, como muitas vezes acontece na política contemporânea, mais de rejeição do que de esperança.
Mamdani construiu a sua candidatura a partir da base, com........





















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