O Grito do Ipiranga da Europa
A altercação entre Trump e Zelenski já deu várias vezes a volta ao mudo, inspirando indignação, tanto nos que veem nela uma falta de respeito do Presidente da Ucrânia para como Presidente dos EUA, como nos que nela cheiram uma armadilha do segundo ao primeiro.
Os europeus enviaram imediatamente tweets de apoio a Zelenski, alguns inclusivamente atacando Trump por ter “confundido a vítima com agressor” (Macron e Mertz), e até por ter iniciado uma “nova idade de infâmia” (Baerbock).
Efetivamente, como pode a defesa da vítima e da justiça ser uma decisão errada?
No livro “História da Guerra do Peloponeso”, Tucídides relata a guerra entre a Liga de Atenas (Delos) e a Liga de Esparta (Peloponeso) que decorreu entre 431 e 404 a.C. Uma das passagens mais marcantes é o “Diálogo de Melos”, que resulta da invasão por Atenas da ilha de Melos em 416 a.C. Antes da invasão, os atenienses convidaram os cidadãos de Melos a renderem-se e aceitarem pacificamente serem escravizados.
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Os Melianos recusaram, afirmando estarem do lado da justiça contra um agressor e que, embora reconheçam a sua desvantagem, terão os Deuses e os Espartanos a seu lado. Atenas responde que tem igual pretensão ao apoio dos Deuses, pois foram estes que criaram a lei do universo que permite aos fortes subjugar os fracos, e que, sendo estes uma ilha, não terão apoio Espartano pois é Atenas quem domina o mar. Não........
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