A pergunta pode ser verosímil: o país é governável?
1 Toda a gente quer “cedências”. Exige cedências. O governo também. Sendo a coligação governamental minoritária há naturalmente maior obrigação de uma negociação parlamentar que comporte a cedência como um instrumento e um activo do dialogo entre parceiros a mesa da concertação social. Tanto quanto se tem por igualmente natural que se consinta ao governo a firmeza da convicção e se tenha em conta a legitimidade do voto. Têm porém sido longas estas semanas: longa e arrevesada a negociação tripartida da lei Laboral; pesadas as queixas mutuas, agressiva a desconfiança; e sintomática alguma manipulação.
Luís Montenegro diz que “ o país não sairá do ‘rame-rame’ se não se fizer a reforma laboral”. Tem razão, a lei em vigor não só é datada – e o adjectivo não é aqui aplicado por conveniência de argumento: a lei é datada por simplesmente não servir o mundo do trabalho do século XXI. E logo não propiciar nem convidar a subir patamares. E o Primeiro Ministro volta a ter razão quando explica ou fundamenta que “ a conjuntura do país é favorável a alterações na Lei Laboral que permitam abrir um ciclo de pujança económica’ duradoura”. La Palisse não diria melhor mas nem La Palisse consegue abrir um pouco os olhos........





















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