Quem define o "discurso de ódio"?
Uma sopa turva de falácias na sessão plenária desta terça-feira na Assembleia Municipal de Lisboa. Agressões; neo-nazis; actores da Barraca; “discurso de ódio”; declamação pública de nomes; tudo no mesmo ponto da Ordem dos Trabalhos, como convém às cabeças sinuosas que vivem destes assuntos. Aqui, como o percurso lógico é meu, e para tentar pôr ordem na confusão, a ordem dos pontos é distinta. Porque as coisas, parecendo que não, fazem sentido. Só não fazem o sentido que a santimónia lhes quer dar.
As agressões “neo-nazis” aos actores do teatro A Barraca. Devem, como é evidente, ser repudiadas todas as agressões, e estas tanto como quaisquer outras, na medida da sua gravidade e violência, e também dos danos provocados. A causa, pessoal, política ou social, em nome da qual a violência é cometida devia ser irrelevante. Não há agressões boas e agressões más, como alguns parecem entender. O problema, no caso de A Barraca, foi que o atacante confesso e ouvido na Polícia desmentiu qualquer........
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