O conforto da igualdade imoral
São os quinze minutos iniciais para intervenção do público em todas as sessões ordinárias e extraordinárias da Assembleia Municipal, ou seja, pelo menos uma vez por semana. São as Assembleias “descentralizadas”, uma em cada freguesia de Lisboa, cuja Ordem dos Trabalhos se destina exclusivamente a ouvi-los. São as Petições e respectivas audições, boa parte do trabalho de cada Comissão Permanente. São os Debates Temáticos e as Audições Públicas para discutir isto e aquilo. Em nome da resposta que devemos ao ouvir dezenas ou centenas de munícipes ao longo de um mandato, repetindo variantes de uma reprimenda comum, tentarei explicar o seguinte paradoxo: a ideia de que “os políticos são todos corruptos” é a primeira ajuda moral à corrupção e, portanto, um obstáculo traiçoeiro no combate à corrupção. Como funciona esta ajuda e este obstáculo?
Imaginemos outras constatações igualmente arbitrárias. Por exemplo, “os enfermeiros são todos facínoras”; ou “os mecânicos de automóvel........





















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