A tecnologia cria dados. Só nós criamos memórias!
Guardamos gigabytes, terabytes, petabytes de dados. Mas onde guardamos as memórias? Memórias reais, feitas de encontros, de gestos, de olhares. Saber viver juntos e construir memórias é, hoje, o maior desafio da era digital.
Aprender a programar tornou-se quase obrigatório. Fala-se de código, algoritmos, inteligência artificial. Mas há uma linguagem que estamos a esquecer e sem ela, o futuro será inviável: a linguagem do encontro, do respeito, da convivência.
Não se trata de rejeitar o digital. A tecnologia faz parte da vida. Trabalhamos, estudamos, comunicamos num mundo cada vez mais onlife, onde o físico e o digital se misturam. A questão não é se usamos tecnologia, mas se a usamos de forma ética, consciente, ao serviço da dignidade humana — ou se ela nos usa, formatando o pensamento, as relações e até as nossas memórias.
O Papa Francisco alertou para esta armadilha: uma globalização sem........
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