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O Silêncio dos Bons 

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Entre os ruídos, posturas exacerbadas e a crescente opacidade, o debate político português carece – e sofre – do silêncio dos Bons, ou seja, dos notáveis perdidos nos seus escritos, afastados da vida pública por saturação ou por desencanto.

Vivemos num período de profunda confusão política que não tem origem nos irresolúveis problemas de Estado, mas da exacerbação psicológica dos seus atores, ora próximos da loucura freudiana, ora entregues a um imobilismo intelectual que paralisa qualquer gesto de grandeza.

É neste vaivém entre o delírio e a paralisia que me interrogo: onde está a voz dos Bons?

As eleições presidenciais deveriam corresponder a momentos de reavaliação moral, de reencontro com os Príncipes da Política – aqueles cujo mérito e grandeza atestam a capacidade de Chefiar uma Nação. Contudo e especialmente as presentes eleições, servem sobretudo para expor o declínio moral, político e cultural da nossa Sociedade.

Os fundadores de regime, os Príncipes Fundacionais, envelheceram e, por razões partidárias, sociais e históricas, as possibilidades de renovação principescas........

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