Sobre Lisboa
Será o acidente na Calçada da Glória o grande aferidor que vai determinar os vencedores e os vencidos de 12 de outubro?
Não deveria ser.
A gestão política de um protagonista eleito afere-se pelos seus valores, pela perceção da realidade do que está a gerir, das prioridades que elege, da combinação entre o que quer o povo e as necessidades urgentes de uma cidade, aquelas que o povo não conhece e não tem de conhecer. O papel de um político é esse mesmo – conhecedor de toda a realidade, cabe-lhe decidir e acautelar, minimizar consequências. Como disse Anacoreta Correia em entrevista ao Observador, decisão ação ou omissão. Ao gestor político cabe-lhe o papel de executor perante as questões que lhe são colocadas. A delegação de competências técnicas serve este propósito e nem poderia ser de outra forma.
Aceitar que o debate sobre a segurança dos elevadores na cidade entre como tema principal no debate autárquico diminui a política e diminui os lisboetas. Retirar consequências políticas de um acidente imprevisível é aceitar que os políticos sejam........
© Observador
