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O setor privado na gestão das doenças cerebrovasculares

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20.11.2025

Começo por referir que o contributo do setor privado para estas patologias é diminuto na fase aguda e sobressai sobretudo na prevenção e na fase pós-acidente vascular. Tal resulta do facto que a Via Verde instituída para este tipo de patologia em especial nos acidentes vasculares cerebrais — AVC — e não nos acidentes isquémicos transitórios — AIT — não contempla o envio destes doentes para instituições privadas. Fica uma faixa residual de doentes em que os sintomas precoces são percecionados e, o doente cliente, regular das instituições privadas as procura e nelas encontra resolução para o seu problema. Recordo que o tempo eficaz de atuação terapêutica na fase aguda é reduzido — cerca de seis horas.

Iremos percorrer os vários aspetos desta patologia realçando desde já que ela representava, em 2022, cerca de 7.7% do total de óbitos em Portugal sendo umas das mais elevadas entre as causas de mortalidade. Embora tenhamos assistido a um ligeiro decréscimo nos últimos anos continua a ser mais frequente no sexo feminino e acima dos 65 anos.

As doenças cerebrovasculares incluem os AVC, hemorrágicos ou isquémicos, e as suas consequências (incapacidade, morte), encontram-se associadas a fatores de risco (hipertensão, aterosclerose, diabetes, fibrilação auricular (patologia que iremos abordar mais detalhadamente dada a sua relevância), assim como os acidentes isquémicos transitórios (AIT).

O tratamento envolve a prevenção (primária e secundária), o diagnóstico precoce, tratamento agudo, a sua integração no sistema de emergência e, finalmente, reabilitação. O impacto da medicina privada no seu todo é difícil de quantificar, mas claramente muito relevante na fase de prevenção sobretudo no controlo/acompanhamento dos quadros clínicos da diabetes, hipertensão, aterosclerose e fibrilação auricular, patologias mais........

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