menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Donald Chamberlain e Adolf Putin – a Cimeira

19 9
02.09.2025

Passadas duas semanas sobre a cimeira do Alasca, há três factos absolutamente claros. O primeiro refere-se ao respectivo guião: é o mesmo de 1938. Quase a papel químico.

Neste ano, na Europa central, aumentava a pressão expansionista da Alemanha nazi, procurando alargar a área de influência e o território. Em Março de 1938, absorve a Áustria, pelo Anschluss, apoiado numa população germanófona e nos partidários das ideias de Hitler. Um referendo aprovou a anexação.

A pressão focou-se, então, nos Sudetas, na Checoslováquia ocidental, onde viviam numerosos alemães há várias gerações. Estas populações de origem alemã exprimiam aspirações de separação e reunião com a Alemanha, através de movimentos nacionalistas e um partido nazi. França e Reino Unido, campeões da “política de apaziguamento”, inquietos com a tensão e receosos de uma guerra, encorajavam Praga a aceitar as reivindicações iniciais. O Anschluss austríaco fortaleceu as exigências dos alemães da Checoslováquia.

Com a tensão no máximo, o primeiro-ministro britânico, Neville Chamberlain, foi à Alemanha reunir com Hitler, para discutir a crise checoslovaca e selar a paz, junto com Mussolini e o primeiro-ministro francês, Daladier. Em 29 de Setembro de 1938, assinaram o Acordo de Munique. Segundo Chamberlain, ao regressar a Londres, fora firmada a “paz para a nossa época”. O preço foi a cedência à Alemanha do território checoslovaco em questão. A Checoslováquia não participara das conversações de Munique.

Uma das raras vozes contra o Acordo de Munique – e defendendo a Checoslováquia – foi a de Winston Churchill, que, poucos dias depois, no debate na Câmara dos Comuns, profetizou, apontando a Chamberlain: “Tinham-lhe dado a escolher entre........

© Observador