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Lisboa: a tragédia como estratégia eleitoral

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11.09.2025

1 Desde o desastre com o Ascensor da Glória que tenho evitado escrever sobre o tema, sobretudo sobre a sua vertente política. O que aconteceu parece-me demasiado grave e dramático para ser usado como argumento político. Infelizmente, após dias de campanha absolutamente lamentável contra Carlos Moedas, torna-se impossível a uma pessoa, em boa consciência, não tomar posição sobre o tema. A campanha começou primeiro com os habituais trolls das redes sociais, uma herança da famosa Câmara Corporativa de Sócrates. Mas a vergonha que a oposição a Carlos Moedas demonstrou num primeiro momento (pelos vistos, apenas pelo receio de ficar mal na fotografia) rapidamente se dissipou.

E, infelizmente, vários meios de comunicação social parecem mais interessados em passar a narrativa da aliança de esquerda à Câmara de Lisboa do que em informar. Logo no dia foram vários os meios de comunicação que reproduziram a notícia da Página 1, uma mistura de teorias da conspiração com jornalismo de vingança, de que a Carris teria deixado caducar o contrato de manutenção dos ascensores de Lisboa, o que era mentira. Ainda nesse dia, também correu a notícia de que teria a actual administração da Carris a contratar e a externalizar a manutenção do ascensor. Mentira. Afinal, não tinha sido esta administração a decidir a externalização, mas tinha sido ela a escolher a actual empresa. Mentira. Tudo isto foi circulando nas redes sociais, partilhado pelas páginas dos habituais defensores do PS e seus aliados, usado como argumento por comentadores. Tudo falso, mas tudo serviu para atacar o actual presidente da Câmara.

Infelizmente, mesmo depois do frenesim dos primeiros instantes, onde o frenesim de querer informar........

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