Já tinham esquecido que toda a política é local?
Todos querem leituras nacionais, e sem dúvida que há sempre leituras nacionais das eleições autárquicas, mas não podemos explicar o que se passou este domingo sem reconhecermos que se há indiscutivelmente ilações políticas a tirar, é indiscutível que foi muito localmente que tudo ou quase tudo se decidiu. E decidiu muitas vezes, ou mesmo quase sempre, por diferenças de qualidade dos candidatos.
Por isso, antes de ir a algumas leituras incontornáveis, deixem-me chamar a atenção para alguns resultados que só se explicam por factores eminentemente locais – e nem preciso citar o inevitável Isaltino Morais que, em Oeiras, bateu todos os recordes de votação.
Quem imaginaria, por exemplo, que o PSD perdesse Viseu para o PS mas, em contrapartida, conquistasse Beja? Como explicar a reviravolta em Gaia senão pela personalidade de Luís Filipe Menezes? E que dizer do resultado esmagador de Santana Lopes na Figueira da Foz? Ou do número significativo de presidentes eleitos em listas de independentes?
Mais: quando olhamos para os resultados bem modestos do Chega não é possível deixar de constatar que as vitórias que obteve – com destaque para a de Albufeira – se devem em grande parte a ter apresentado nesses municípios candidatos mais sólidos do que nas dezenas de outros concelhos onde foi o partido mais votado nas legislativas e podia, em princípio, esperar ganhar.
Há uma velha máxima na política segundo a qual toda a política é local, e é local no sentido em que políticos que não sejam capazes de se ligar directamente aos eleitores, sobretudo de se identificar com problemas concretos dos eleitores, dificilmente algum dia terão sucesso. Isso também permite perceber porque é que o Chega ficou........





















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