O colaboracionismo absoluto
A carnificina de Israel ocorreu dia 7 de Outubro com o ataque terrorista dirigido pelo Hamas.
O massacre bárbaro de Judeus nessa data foi concebido pelos que o organizaram como événement déclencheur, a faísca, de uma campanha impiedosa anti-Israel, antissionista e sobretudo antissemita, perante a qual a Europa permanece, de facto, abúlica.
Imagens de ruína, tiros e sofrimento apelam mais às emoções do que a Historiografia, os terroristas e aqueles pretendem apagar a memória sabem-no bem. Por isso, não é surpreendente, embora irónico, que seja o elemento visual dos horrores do dia 7 de Outubro a alimentar o imaginário relativo à conduta de Israel e das suas forças em Gaza: o «genocídio» aparece como o reflexo na água.
Aquilo de que se acusa Israel é directamente proporcional à barbárie do Hamas: trata-se de uma acusação que obedece exclusivamente às regras da óptica e da matemática.
Este ponto é ilustrado pelos protestos nas universidades. A cena representada pelos «activistas pro-Palestina» foi composta com astúcia por organizações afiliadas ao Hamas, e é reminiscente dos protestos da Juventude Hitleriana nas mesmas instituições, durante a Segunda Guerra. Mas quando se pergunta porque são as tendas usadas nas ocupações das universidades todas novas e iguais umas às outras, a resposta é um encolher de ombros.
Dito isto, analisemos então a reacção da Europa a outros massacres.
A queda do regime de Assad, na Síria, trouxe a esperança de que o próximo regime, apesar de........
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