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Quando o Hamas fala, o Ocidente amplifica

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29.08.2025

No passado dia 25 de agosto, voltou a ouvir-se o habitual coro de indignação nas redacções ocidentais. O exército israelita, dizem, cometeu mais um crime hediondo: bombardeou o Hospital Nasser, em Gaza, matando civis e jornalistas. Foi intencional. Foi ilegal. Foi, claro, mais um “crime de guerra”. O guião mantém-se.

A fonte? A de sempre: o “Ministério da Saúde de Gaza”, uma entidade cuja independência é tão fiável como um boletim meteorológico norte-coreano.

De forma acrítica, os media engoliram e regurgitaram as declarações do Hamas. Que, por conveniência editorial, surge mascarado de “autoridades locais”, “fontes médicas” ou “organizações humanitárias no terreno”.

A farsa é conhecida, mas isso nunca impediu uma boa manchete. A história circulou depressa: jornais, televisões, redes sociais e até irresponsáveis com responsabilidades internacionais, como António Guterres, se apressaram a condenar Israel. Há indignações que nunca falham. Guterres tem essa fiabilidade: sempre disponível para condenar Israel, invariavelmente silencioso em relação a tudo o resto.

Os jornalistas no terreno? Os médicos? As “fontes independentes”? Os “civis inocentes”?

Bem, quase todos são palestinianos, todos a operar sob autorização do Hamas. Muitos deles fazem mesmo parte da estrutura do grupo terrorista ou, no mínimo, seguem as suas orientações, por medo ou simpatia.

Alguns são jihadistas, como Jum’a al Najar, Hisham Quweder, Imad al-Shaer, Muhammad Hadaf, Salah Barbakh e Omar Shahada Abu Teim, que ontem se encontravam na ala do hospital que foi atingida. Hoje, segundo consta, estarão a discutir detalhes logísticos com as suas 70 virgens. Multiplicando por seis, são 420 virgens. É um enterro com prémio.

Entretanto, cá fora, a habitual frota de indignados prepara-se para zarpar. Mariana Mortágua ainda deve ir a tempo da contabilidade das 420. Greta Thunberg, a mascote ecológica da culpa woke, também, se encontrar um barco à vela disponível.

Os jornalistas “neutros”?

Há de tudo. Os que simpatizam........

© Observador