Lenine e os santos da causa: activistas e idiotas úteis
Lenine tinha um talento singular: conseguir que pessoas aparentemente inteligentes fizessem coisas estúpidas ao serviço de uma causa estúpida. O próprio usava um termo bastante conciso e preciso para designar tais criaturas: idiotas úteis.
O conceito é simples: cidadãos medíocres, mas bem-intencionados, normalmente bem instalados no conforto burguês, convencem-se de que apoiando causas e regimes duvidosos, estão a servir o “progresso” e o “bem”. A sua motivação é a vaidade moral e uma fé inabalável na sua própria superioridade ética.
Imagine-se um sujeito banal, licenciado às três pancadas no ISCTE, incapaz de alinhavar uma frase com mais de seis palavras, que leu meio livro no secundário e é ignorado até pela pouco exigente vizinha do 2.º esquerdo. O que fazer com tanta frustração?
Aderir a uma causa. E, por via disso, transformar-se instantaneamente num ser indignado, e convicto de ser moralmente superior.
Funciona com o clima, com o capitalismo, com o planeta, com Gaza, e com todas as “fobias” e “causas” da moda.
Incidentalmente serve também para tentar engatar alguém na próxima manifestação. Desde as manifes “frifripalestine” até às erupções da Climáximo, passando pelos sunsets de ganza e jambé nos conveses das flotilhas, a libido revolucionária é uma constante antropológica dos activistas e dos idiotas úteis.
In ilo tempore, a fauna era preenchida por artistas de artes duvidosas, que celebravam a Revolução Russa enquanto os camponeses morriam à fome. Depois vieram os intelectuais de Cambridge, que achavam Estaline e a ditadura do proletariado, vias necessárias para os amanhãs que cantam. Hoje o modelo é o mesmo, mas o alvo imediato da “intifada global” é o judeu, como via privilegiada para a Revolução.
O idiota útil contemporâneo já não cita Lenine, de resto nem sabe quem é, mas decora os títulos do The Guardian, do Haaretz e do........





















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