A Europa na hora do falcão. A nova NSS dos EUA
Foi dada à estampa a nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSS), e nela se condensa não apenas a visão do Presidente, mas o espírito inteiro da sua Administração. A sua crueza revela a transformação silenciosa do mundo.
Está lá, preto no branco, sem ambiguidades nem véus diplomáticos: a América regressa à sua velha pulsação continental, à Doutrina Monroe que lhe serve de instinto primário; volta-se para o Pacífico, onde mede forças com a China; e tudo o que não gravita nesses eixos, incluindo a Europa, torna-se periférico, lateral, quase irrelevante.
Não se trata apenas de um reordenamento de prioridades, mas de algo mais profundo: os Estados Unidos, que até aqui sustentavam, qual Atlas, uma ordem internacional baseada em regras, declaram o fastio por essa tarefa.
O mundo muda. Os documentos oficiais apenas o anunciam.
Há quem desperte com um alarme, há quem se levante com o barulho do camião de lixo, e há quem, como a Europa, seja forçado a acordar com a voz distante de Trump, anunciando, sem pudor e sem hesitação, que se está nas tintas para o Ocidente, e para a NATO. Não é um alarme, é uma sentença.
A Europa, que durante tanto tempo viveu confortavelmente instalada nesta protecção, olha para esta NSS como quem contempla um oráculo sombrio e sente um desconforto difuso, uma espécie de saudade antecipada da tutela que julgara eterna.
A resposta europeia, abalada pelo choque, revela ainda pouca substância.
Porque a substância exige responsabilidade, e nada há mais custoso ao espírito contemporâneo europeu do que........





















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