Ucrânia: Que estabilidade resultará deste acordo?
Até há poucos anos, a maioria dos europeus acreditava que o seu sistema político, económico e de segurança possuía um apelo global que serviria de modelo para todo o mundo. A “Paz Perpétua” kantiana seria identificada como uma referência que a todos conviria e para a qual iriam convergir. Essa visão incluía a permanente presença do “amigo americano”, numa arquitetura de segurança euro-atlântica de interesse comum. Chegou-se mesmo a acreditar que a relação com a Rússia poderia passar pela estreita cooperação e parceria. Tinha-se alcançado o “Fim da História” (Fukuyama) e o mundo seria seguro e próspero.
Mas as circunstâncias conduziram a um progressivo afastamento. Para Moscovo, os acontecimentos no Kosovo, na Ucrânia e na Chechénia, “por ação ou encorajados pelo Ocidente”, demonstravam que o objetivo dos EUA seria a limitação do poder da Rússia. Esse sentimento ficou bem patente na Conferência de Segurança de Munique de 2007, onde Putin acusou a NATO de........
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