Páscoa Cristã, que me maravilhou quando a descobri
Nem sempre foi assim, entre as leituras, os sermões, mais ou menos fofinhos e as informações avulsas, o assunto nunca me tinha parecido relevante o suficiente para investir tempo nele. Mas o que se passou naqueles tempos de começo da que é hoje a maior religião do planeta foi verdadeiramente impressionante, estranho, intrigante e mudou profundamente este mundo, incluindo o daqueles que não acreditam em nada.
A Páscoa cristã começa no domingo de Páscoa e prolonga-se por 50 dias até ao domingo de Pentecostes.
Todo o Novo Testamento é um pouco estranho, sobretudo para mim simples católico. As situações relatadas são verdadeiramente abstrusas, sem grande sentido no princípio, mas quando as relemos, falamos com alguém conhecedor e pensamos um pouco, revelam uma riqueza e uma profundidade inigualável. Por isso, penso sempre, que ninguém só humano, sem qualquer inspiração, poderia ter escrito aqueles textos.
Páscoa que vem após a quaresma, como foi noutros tempos com Jesus Cristo. Uma visão pessoal e simplificada.
Jesus Cristo começa a sua vida pública e muito poucos na altura perceberam bem quem ele era, nem o que queria. Um profeta, um político, Deus? Mas, os milagres, as suas sábias e intrigantes palavras começam a apaixonar e maravilhar muita gente, começam a trazer esperança a muitos o seguem. Os seus seguidores são sobretudo os marginalizados pela sociedade, os perdidos, gente muito pobre e rejeitada, mas também pontualmente alguns ricos, como José de Arimateia que lhe ofereceu um túmulo onde Cristo foi sepultado após a morte.
O poder instituído começa a ficar preocupado, a sentir-se ameaçado, e entra em ação. Captura e leva Jesus a julgamento público, era preciso acabar com aquilo, era preciso terminar com quem dizia umas verdades, sem autorização do sistema.
Comentário: Hoje somos ainda piores, menos selvagens, mas mais maldosos. Não procuramos perceber o outro lado, não racionalizamos as questões, não tentamos perceber se existem razões para tais posicionamentos de parte a parte. Continuamos com reações quase só emocionais e com a ideia que a nossa, e só a nossa visão, é que é a correta. De tal forma que achamos, e acham as elites, que têm o direito e mesmo o dever de censurar, perseguir, oprimir e/ou eliminar com todas as armas disponíveis quem não pensa corretamente.
Desta forma é impossível ter paz, as posições são tão extremadas que nem o diálogo é possível.
Dias antes Jesus tinha visitado Jerusalém, e foi recebido como um herói, com folhas de Palmeira, grandes aplausos e frases e olhos emocionados de apoio e admiração. Como se recebe alguém importante e de quem se gosta e admira.
Lembro-me de um treinador de futebol português que dizia: Não dou........
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