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O presente e futuro dum português de classe média

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06.04.2025

Para além do circo político e mediático destes dias, eu, homem português de classe média/baixa quase não tenho acesso à saúde e à justiça.

Sou obrigado a que os meus filhos frequentem escolas públicas caóticas, condenando-os a serem o que eu sou.

Condenando-os a viverem só para a labuta diária da sobrevivência, e a não conseguirem ir mais além.

E para que eu salve o planeta, para salvar a humanidade, para que exista justiça, igualdade, dignidade, sempre por um bem maior que nunca vislumbro sequer.

Destroem a história do meu País, culpam-me por coisas feitas há 3 séculos, quando eu não existia.

Dividem-nos em grupos e colocam-nos uns contra os outros, e eu descubro que me colocaram no grupo dos maus: homem, heterossexual, branco, português, pobre.

Cada vez que ligo o meu carro com 15 anos, porque não tenho dinheiro para comprar outro, sinto-me culpado por estar a destruir o planeta.

Colocam ideias na cabeça dos meus filhos, e eles querem ser elas, e elas eles, fazem operações, tomam hormonas e entram em depressão.

Deixam toda uma juventude sem futuro, deprimida, perdida que........

© Observador