Fui diagnosticado com TDS
Nas últimas semanas, Portugal esteve em transe. Enquanto o país ardia, as televisões dedicaram-se a fazer uma espécie de reality show sem o mínimo interesse informativo. É importante manter as populações informadas, sinalizar onde está o fogo e passar as mensagens das autoridades. Mostrar chamas a devorar mato e floresta horas a fio é simplesmente irrelevante. Esta crónica, todavia, não é sobre fogo em Portugal, acontecimento, de resto, tão recorrente que tenho a certeza de que, dentro de um, dois, três ou mesmo quatro anos, poderei dedicar-me a dissecar a incapacidade política do governo de turno. Tudo estará na mesma. Posso, portanto, deixar este tema em descanso e falar do que verdadeiramente importa.
Segundo os melhores especialistas, fui diagnosticado recentemente com TDS: Trump derangement syndrome, uma doença que aflige uma bela parte da população mundial que, de acordo com os ditos especialistas, faz com que nós, os infectados, falemos injustamente mal de Trump, caricaturando as suas posições políticas e, no fundo, não entendendo o bem que está a fazer pela humanidade. Há quem diga, de resto, que o senhor eventualmente poderá estar na mira de Oslo para arrecadar o Nobel da Paz.
Mas voltemos ao tema central desta crónica, começando pelos problemas da TDS na apreciação da estética em Donald Trump. A fotografia número 1 foi tirada no dia do encontro na Casa Branca com os líderes europeus e Zelensky. Seguindo os preceitos dos vendedores de feiras e romarias........
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