Chega e media: uma simbiose perfeita
Em abril de 2016, no tradicional jantar que congrega a elite política e jornalística de Washington, Barack Obama dirigiu uma crítica profética aos meios de comunicação social americanos, ainda antes da vitória eleitoral de Trump. Durante a campanha das primárias Republicanas, o ainda Presidente sublinhou a desproporção flagrante entre a seriedade substantiva da candidatura de Trump e o volume de cobertura mediática que lhe era dispensado, rematando com uma observação carregada de ironia: “espero que estejam orgulhosos”.
A dinâmica actual, entre uns media em crescente agonia de receitas e de audiências, especialmente com a concorrência das redes sociais, e uma direita radical com necessidade de palco não oferece margem para dúvidas. Existe uma relação simbiótica entre estes dois actores que é benéfica e proveitosa para ambos. Os partidos de direita radical foram um bálsamo para televisões, cujo modelo de negócio já não assenta em notícias propriamente ditas, até porque fazer bom jornalismo é caro, mas em colocar comentadores e políticos em estúdio.
O jogo é simples. Os partidos de direita radical ganham cobertura mediática e legitimidade. As televisões produzem conteúdos com audiências que, mais tardem, fazem furor nas redes sociais. Aqui, não há inocentes. Sob a........





















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