As eleições em Lisboa
Apesar de não parecer, a campanha eleitoral para as autárquicas começou há mais de uma semana. Infelizmente, nos últimos dias, o país da bolha tem estado em transe a discutir o acessório e não o essencial. O plano de paz que está a ser discutido no Egipto foi pouco mais do que uma nota de rodapé ao lado da atenção dada aos integrantes da flotilha humanitária. Assim como os assuntos internacionais sérios, que podem verdadeiramente ser consequentes para a política internacional e mudar as condições de vida das pessoas, a campanha das autárquicas também não tem tido a atenção que merece. Por isso, decidi pegar no fio à meada, iniciado pelo artigo de Susana Peralta no Público da última sexta-feira, para discutir um pouco a situação real de Lisboa.
1 Um dos problemas políticos centrais da política em Lisboa é a ausência de atenção que os presidentes da câmara dão à cidade. Na maior parte das vezes, estão mais focados na política nacional e na visibilidade mediática que o cargo lhes confere. Confuso? É absolutamente claro. Com raríssimas excepções, talvez João Soares tenha sido uma delas, os ocupantes da Praça do Município percepcionam a sua posição como um trampolim eleitoral que lhes permite sonhar com voos maiores. Sampaio era líder do PS, chegou a suspender o mandato na câmara para disputar as eleições legislativas de 1991 e utilizou o lugar para, dali, planear a sua candidatura a Belém. Santana Lopes esteve dois anos como presidente, saindo depois para as funções de primeiro-ministro. Depois de uma série de presidentes com pouca relevância política, António Costa manteve-se na presidência da câmara durante longos anos, durante os quais foi comentador e esteve sempre a cozinhar o momento certo para sair para a corrida a São Bento, o que acabou por acontecer em 2014. Medina, o seu sucessor entronizado, geriu Lisboa enquanto pensava em voos maiores e no........





















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